Avaliação: novo Citroën C5 Aircross

A chance de avaliar o novo Citroën C5 Aircross (2023) me deu a oportunidade de experimentar duas coisas: dirigir outro modelo na mesma plataforma e experimentar algo “grande” da Citroën, depois de muito tempo. Esse Double Chevron vem direto da França, assim como seu primo da marca Lion. Seu preço de tabela é de R$234.000 (assim como o 3008). Chega de introdução, vamos para a análise completa reproduzida abaixo.

Passamos uma semana testando a reestilização do único Citroën francês.  O Peugeot 3008 foi, sem dúvida, um dos melhores carros entre os que testei. Tive a oportunidade de dirigi-lo em três versões diferentes e sempre o adorei. De fato, eu o recomendei a amigos que me perguntaram o que comprar nesse segmento, embora a resposta deles seja sempre a mesma: “Caro, o Peugeot”.

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POR FORA

Foi amor à primeira vista. Achei o design muito bonito, compacto, “vigoroso”. Sinto que ele é robusto. Mas vamos dar um passo de cada vez. A frente tem luzes de LED, um spoiler inferior na cor alumínio e é uma grande melhoria em relação à geração anterior. 

De farol a farol, ele é totalmente cego em “preto piano” com duas linhas pontilhadas em cromo que parecem luzes, mas não são. A falta de uma entrada de ar nessa área é remediada com entradas maiores abaixo da linha do para-choque.

A lateral do carro mantém o mesmo estilo robusto com molduras de plástico na parte inferior, uma com borda metálica e a outra sem, por qualquer motivo de estilo e design. 

As rodas são de liga leve diamantadas de 18 polegadas com pneus 235/55 R18 Michelin Latitude Tour HP. Como em todos os carros franceses que testamos, os vidros traseiros são escurecidos como padrão.

O Citroën C5 Aircross mede 4.500 mm de comprimento, 1.840 mm de largura, 1.654 mm de altura e 2.730 mm de distância entre eixos. A distância do solo é de 230 mm, um pouco mais do que os 219 mm reivindicados pelo 3008. 

Citroën C5 Aircross

INTERIOR

Sente-se ao volante e sinta o conforto dos assentos de couro Alcantara. Não é o primeiro carro que testei com esse tipo de estofamento, mas há uma diferença na forma como os bancos são feitos. Há algo na largura, no comprimento e no conforto que faz a diferença que seu corpo sente quando você se senta. A marca chama isso de Citroën Advanced Confort, o mesmo nome da suspensão com amortecedores progressivos dinâmicos.

O painel de instrumentos é 100% digital, lembra muito o do 3008, mas carece de alguns recursos. Ele é parcialmente operado a partir do volante e parcialmente a partir dos comandos de luz e limpador de para-brisa. Demora um pouco para se acostumar com o que se move ou muda quando você pressiona o quê. 

A tela multimídia agora tem 10 polegadas e ainda é compatível com o Android Auto e o Apple Car Play. Ela está muito bem integrada ao torpedo e, abaixo das saídas de ar, há botões para atalhos úteis para que você não precise percorrer vários menus. 

Mais abaixo, temos duas entradas USB e uma tomada de 12 volts, além de um carregador sem fio. Ali embaixo, mais próximo do passageiro do que do motorista, está o botão liga/desliga do motor.

Ao lado dele, o seletor de marchas. Não consegue vê-lo nas fotos? Se você quiser “estacionar”, pressione o botão P e pronto. É difícil no início, mas é simples e, acima de tudo, deixa o console central livre. Ah, o freio de mão também acionado por botão.

MOTOR E TRANSMISSÃO

No momento, a única opção de motor para o Citroën C5 Aircross é o familiar THP de 1.6 litros, com 165 CV a 6.000 RPM e torque máximo de 240 Nm a 1.400 RPM, sobrealimentado por um turbocompressor. 

Tudo isso acoplado a uma caixa de câmbio automática de seis velocidades (conversor de torque) e tração dianteira. Seria mais do que interessante ter a opção híbrida oferecida em outros mercados, semelhante ao 3008 Hybrid4.

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