Nova bateria para carros elétricos surpreende público, confira

As baterias de íons de lítio alimentam quase tudo hoje em dia, graças às suas qualidades únicas. Embora onipresentes, elas não são perfeitas, e é por isso que a pesquisa está em andamento para encontrar melhores soluções para o armazenamento de energia elétrica. A nova bateria para carros elétricos de alumínio e enxofre apresentam características promissoras, mas o progresso tem sido limitado até a chegada de vários engenheiros do MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Nova bateria para carros elétricos

Os pesquisadores vêm procurando há décadas para encontrar a melhor formulação para células de bateria. No momento, as melhores soluções vêm dos vários tipos de baterias de íons de lítio. Eles são relativamente baratos e oferecem durabilidade e densidade de energia razoáveis. Mas é sempre uma soma de trade-offs entre suas características. É por isso que a ciência está tentando encontrar melhores alternativas, mesmo que as baterias de íons de lítio pareçam estar para sempre em nossas vidas.

Nova bateria para carros elétricos de enxofre e alumínio

Por enquanto, espera-se que a indústria mude para produtos químicos que substituem materiais mais caros como lítio, níquel e cobalto por outros mais facilmente disponíveis, como alumínio ou ferro. Segundo um artigo publicado na revista Nature, é descrito um novo tipo de bateria que utiliza alumínio e enxofre como seus principais componentes. A química promete oferecer uma solução econômica e uma melhoria significativa na densidade de energia e na capacidade de carga rápida, e é adequada tanto para carros quanto para uma casa.

Parece ser o Santo das baterias, mas as baterias de alumínio e enxofre não são novas. A razão pela qual eles não estão mais em nossas vidas são os dendritos que se formam entre seus eletrodos. Estes podem causar curto-circuitos, matando efetivamente a bateria em um tempo muito curto. Pesquisas indicam que um novo tipo de eletrólito pode impedir a formação de dendritos, mas há um senão. Para funcionar eficientemente, deve ser mantido logo acima do ponto de ebulição da água, a 110 graus Celsius.

O artigo publicado na Nature mostra que o eletrólito ideal é um composto de sal fundido composto pelos sais de sódio, potássio e alumínio. O ingrediente crítico é cloraluminato (AlCl3), que torna o eletrólito de sal fundido muito melhor do que os líquidos iônicos de temperatura ambiente utilizados até agora. O resultado não é surpreendente, com taxas de carga rápidas de até 200°C, e a bateria suporta centenas de ciclos com taxas de carga muito altas, sem formação aparente de dendritos de alumínio.

Preços e complicações

Mais importante ainda, espera-se que o preço de nível celular seja um sexto do preço das baterias atuais de íons de lítio. Entretanto, nem tudo é perfeito. Pois qualquer contaminação dos materiais com água pode levar à produção de sulfeto de hidrogênio (H₂S). Trata-se de um gás que é ao mesmo tempo venenoso e altamente inflamável. Entretanto, desde que os componentes da bateria não entrem em contato com água (ou vapor de água no ar). O novo tipo de bateria deve ser muito mais seguro.

As patentes para estas baterias de alumínio e enxofre foram licenciadas para uma empresa spin-off do MIT chamada Avanti. Que foi co-fundada por um dos autores do estudo que descreve este projeto. O próximo passo agora é escalar os protótipos até o tamanho total. Executar inúmeros testes para ver se eles mantêm as mesmas propriedades e entregam os mesmos resultados que no laboratório.

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