Antes de tudo, a montadora francesa está pronta para anunciar seus planos para a divisão da empresa e o futuro de sua aliança com a Nissan. A montadora francesa Renault realizará seu “dia do mercado de capitais” na terça-feira. Quando o mercado espera que a empresa anuncie a separação de seu negócio de carros a combustão de seu negócio de carros elétricos.
Este seria o primeiro passo para uma flutuação na bolsa de valores da divisão elétrica que, segundo os especialistas citados pela Bloomberg. Poderia valer cerca de 50 bilhões de reais, mais do que todo o grupo Renault vale hoje (cerca de 46 bilhões).
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Renault sobe até 5% em IPO
Sendo assim, na abertura do pregão de segunda-feira, o mercado correu para comprar ações da marca, com o preço das ações subindo até 5%. Mais tarde, a ascensão abrandou e a ação fechou com um avanço de 3,77%.
Para dividir seus negócios, a Renault precisa da aprovação da Nissan, seu principal parceiro na aliança, na qual a Mitsubishi também participa. O CEO da Renault, Luca de Meo, viajou ao Japão no início de outubro para conversas presenciais com executivos da Nissan.
O plano da Renault
O plano, segundo o Le Monde, é vender parte de seu negócio de veículos a combustão ao fabricante de automóveis chinês Geely (ele assumiria uma participação de 40%) e à empresa petrolífera saudita Aramco (ele compraria 20%). A Nissan está relutante em dar grande parte do negócio de combustão à Geely devido a questões de propriedade intelectual em torno da tecnologia de veículos. Já que a Nissan tem trocado conhecimentos com a Renault há muitos anos. Segundo a Bloomberg, a Renault está negociando com a Geely a venda de 50% de seu negócio de combustão, que será chamado de Horse.
Portanto, em troca de ceder, a Renault deverá reduzir sua participação na Nissan para 15%, o que equilibrar as forças com seu parceiro. Atualmente, essa é a porcentagem das ações da Nissan na Renault, com esta última detendo 43% das ações da Renault. Sendo assim, este tem sido um ponto de atrito entre as duas empresas. Especialmente depois do escândalo com o ex-presidente da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn. Que foi acusado de desviar fundos da Nissan para seu enriquecimento pessoal e está em fuga da justiça.
Contudo, quanto à divisão de veículos elétricos, ela se chamará Ampere. Sendo assim, espera-se que a Nissan compre uma participação que poderá ser de 15%, por um valor entre 2,5 bilhões e 3,8 bilhões de reais.
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