O futuro da mobilidade sustentável será uma função de uma conjunção de resoluções tecnológicas por trás da capacidade financeira das nações e de seus clientes com a eletrificação automotiva no Brasil.
A mobilidade eletrificada tornou-se um tema da moda e a grande mídia, setorial ou não, publica manchetes diárias afirmando que o futuro do carro elétrico chegou. Esta postura faz com que o público – e até mesmo muitos profissionais – discutam estas notícias sem qualquer base técnica em vez do conteúdo que as histórias devem fornecer.
A mídia da indústria automobilística – em escala maciça – abordou a questão do carro elétrico como uma forma de atrair o público e fortalecer o engajamento do público. Graças à pressão de certos atores, o objetivo é implicitamente solidificar a iniciativa de que a beatificação da mobilidade (com transporte elétrico dependente de baterias, como temos hoje) é a solução exclusiva para a redução dos gases de efeito estufa, o que está longe de ser verdade.
Quem se beneficia com o carro elétrico?
O o futuro com eletrificação automotiva no Brasil é inevitável não há dúvida, mas o que temos observado nos últimos 3 anos é a preocupação dos reguladores em todo o mundo, especialmente na Europa, muito mais com os impactos econômicos e políticos do que com os ambientais, levando por conveniência a tese de que a mobilidade elétrica será a mesma em todas as partes do mundo, o que basicamente não será viável.
Para atingir seus objetivos, o futuro da mobilidade sustentável deve ser baseado em três pilares: ambiental, econômico e social. Uma indústria centenária como a indústria automobilística não poderia ser destruída pelo poder das nações de alta renda com porções astronômicas de capital, que começaram a subsidiar o mercado forçando as etapas evolutivas dos sistemas de propulsão a serem antecipadas para atingir seus fins econômicos.
Há muitas razões para reforçar esta tese, como o desdobramento do dieselgate em 2015 (fraude de emissões em milhões de veículos Volkswagen) e o perigo da China invadir mercados desenvolvidos, incluindo a Europa, com seus veículos elétricos como uma forma única de se estabelecer de forma proeminente na área automotiva.
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